Português (Brasil)

Mulheres contraem mais dívidas, mas são mais empenhadas em quitá-las

Mulheres contraem mais dívidas, mas são mais empenhadas em quitá-las

Pesquisadores veem menor renda entre os motivos do endividamento.

Compartilhe este conteúdo:

As mulheres continuam enfrentando um nível maior de endividamento em comparação aos homens no Brasil, especialmente entre as famílias de renda mais baixa, onde muitas são as únicas responsáveis pelo sustento do lar. Levantamentos recentes da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e da Serasa evidenciam esse cenário. 

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela CNC, 76,9% das mulheres estavam endividadas em fevereiro deste ano, percentual superior ao dos homens (76%). Apesar de a diferença ter diminuído em relação a 2024, quando a taxa era de 78,8% para as mulheres e 77,2% para os homens, o impacto do endividamento feminino ainda é mais expressivo. 

A pesquisa da Serasa aponta que 93% das mulheres contribuem financeiramente para as despesas familiares, sendo que, em 33% dos lares, elas são as únicas responsáveis pelo sustento. O percentual sobe para 43% entre as famílias de menor renda, pertencentes às classes D e E. Além disso, 90% das entrevistadas relataram que precisam conciliar o trabalho remunerado com as tarefas domésticas. 

Outro dado relevante é a dificuldade de acesso ao crédito: 47% das mulheres apontaram essa barreira como um dos principais desafios financeiros, enquanto 31% mencionaram o endividamento. Oito em cada dez mulheres (85%) já tiveram pedidos de crédito negados. Nos 12 meses anteriores à pesquisa, as principais razões para a busca por crédito foram despesas inesperadas (26%) e pagamento do cartão de crédito (22%). 

Ainda segundo a Serasa, as mulheres demonstram maior preocupação com o orçamento, sendo que 40% priorizam o pagamento de dívidas na organização financeira. Elas também aderem 25% mais aos acordos de renegociação do Feirão Serasa Limpa Nome do que os homens, buscando regularizar suas pendências para evitar restrições ao crédito. 

Ao administrar o orçamento, especialistas recomendam atenção às condições de crédito e juros, além de um planejamento detalhado das receitas e despesas para evitar o acúmulo de dívidas difíceis de quitar. 

Com informações Agência Brasil

Compartilhe este conteúdo: