Flexibilidade no trabalho impulsiona empreendedorismo feminino em 2025
Apesar do crescimento do empreendedorismo entre mulheres, os desafios ainda são muitos.
A busca por flexibilidade no trabalho se tornou a principal motivação para mulheres que decidem empreender no Brasil em 2025. De acordo com uma pesquisa inédita do Serasa Experian, divulgada com exclusividade pela CNN, 46% das empreendedoras apontam esse fator como determinante para abrir o próprio negócio. Em seguida, aparecem a independência financeira (40%) e a busca por uma renda complementar (24%).
O levantamento aponta uma mudança significativa em relação a 2022, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez. Na época, a principal razão para o empreendedorismo feminino era a independência financeira. Já a flexibilidade no horário de trabalho cresceu expressivamente, registrando um aumento de 17 pontos percentuais.
Outro dado que chama atenção é a queda no número de mulheres que decidem empreender para fazer o que acreditam. Em 2025, apenas 18% indicam essa motivação, enquanto em 2022 esse percentual era de 24%, levando essa justificativa do terceiro para o quinto lugar no ranking.
Os desafios do empreendedorismo feminino
Apesar do crescimento do empreendedorismo entre mulheres, os desafios ainda são muitos. Além do preconceito, que ainda é um obstáculo significativo, o estudo revela que 71% das entrevistadas encontram dificuldades para equilibrar as responsabilidades familiares com o trabalho.
A trajetória da confeiteira Adriana Freitas, de 46 anos, ilustra bem essa realidade. Incentivada por colegas de trabalho, ela decidiu empreender em 2020 para complementar a renda familiar e ajudar a custear a faculdade da filha mais velha.
Em meio à pandemia, Adriana transformou o talento para a confeitaria em uma fonte de renda extra, enfrentando desafios que muitas mães empreendedoras conhecem bem. “Os desafios são muitos. Às vezes, bate o cansaço, mas é uma renda extra que faz diferença para a minha família. Além de poder trabalhar de casa, esse valor complementa as despesas e me dá mais segurança financeira”, conta.
O caso de Adriana reflete um movimento crescente entre as mulheres brasileiras, que veem no empreendedorismo uma alternativa viável para equilibrar trabalho e vida pessoal, ao mesmo tempo em que enfrentam obstáculos estruturais no mercado.
Redação Elas em Pauta / com informações CNN Brasil