Debate na Fapam destaca livro sobre racismo, feminismo e privilégios
Evento reúne especialistas para debater a importância da representatividade e da desconstrução de privilégios.
Nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, o auditório do curso de Direito da Faculdade de Pará de Minas (Fapam) foi palco de um debate sobre o livro Eu Não Tenho Lugar de Fala, do professor e escritor Francisco Vilas Boas. O evento reuniu um público diverso, incluindo estudantes, professores e ex-alunos, interessados em discutir temas como racismo, machismo e privilégios sociais.
Além do autor, a conversa contou com a participação da escritora Carmélia Cândida, presidente da Academia de Letras de Pará de Minas (ALPM); da advogada criminalista Záira Pereira, especializada na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência de gênero; e da bacharel em Direito, Rafaela Batista. Juntos, eles apresentaram reflexões sobre as desigualdades estruturais e a importância da escuta ativa nos debates sociais.
Lançado oficialmente em 20 de novembro de 2024, pela editora Labrador, o livro do professor Vilas Boas explora quatro grandes temas: lugar de fala, racismo, feminismo e feminismo negro. Com uma abordagem acessível e permeada por humor e ironia, o autor propõe uma análise crítica sobre como narrativas dominantes e marginalizadas se desenvolvem. “Apresento os fundamentos históricos do racismo e os caminhos para superá-lo, além de discutir as bases do feminismo e a relevância do feminismo negro. Minha pesquisa se apoia, sobretudo, em intelectuais negros, indígenas e quilombolas”, explicou.
O evento foi marcado por debates enriquecedores e trocas de experiências que ampliaram a visão do público sobre as temáticas abordadas no livro. O sucesso da obra também se reflete fora das rodas de conversa: desde seu lançamento, Eu Não Tenho Lugar de Fala tem conquistado leitores e segue entre os mais vendidos da Amazon.
Redação Elas em Pauta / com informações ALPM