"Ainda Estou Aqui" não estava lá
Quando tudo conspira contra e o cinema decide me deixar de fora da própria sessão.
Sabe aquele momento em que você finalmente consegue um tempinho para fazer algo que está há semanas planejando? Pois é. Eu tinha tudo esquematizado para assistir "Ainda Estou Aqui", um filme que eu estava tentando encaixar na minha agenda corrida e, nesta sexta-feira (7), surgiu a oportunidade. Além disso, todas as sessões estavam na promoção e os ingressos precisavam ser comprados com antecedência.
Adiantei tudo o que precisava durante o dia, chamei um carro de aplicativo e segui para o shopping da cidade, onde a sessão começaria às 19 horas. Cheguei no cinema animada! E então... cancelaram a sessão por problemas técnicos na sala. A mocinha da bilheteria pediu que aguardasse até meia hora antes do horário previsto para confirmar se haveria a sessão ou não. Passei uma hora e meia andando pelo shopping e voltei até a bilheteria. Faltando meia hora para o filme começar, a confirmação: sessão cancelada e sem previsão de retorno.
A frustração bateu com força. Não bastasse o dinheiro investido na missão, a sessão estava a DEZ REAIS! Ou seja, era quase um evento cósmico perfeito para minha programação. Mas o universo, como sempre, adora pregar peças.
Quem já passou por uma situação parecida sabe que, nesse momento, há duas opções: fazer um escândalo (eu até tentei), exigir satisfação e um ingresso vitalício como reparação moral ou respirar fundo e aceitar que a vida às vezes nos prega essas peças. Fiquei ali, sentada num banco na entrada do shopping e me perguntando: "E agora? O que eu faço com meus planos que simplesmente não deram certo?”.
A verdade é que pequenas frustrações fazem parte da vida. Desde a sessão de cinema que é cancelada até o cabelo que às vezes insiste em não ficar do jeito que a gente espera. São essas coisinhas irritantes que testam nossa paciência e nos fazem questionar se, de fato, somos os protagonistas da nossa própria história ou apenas figurantes no roteiro do caos.
Mas quer saber? No fim das contas, talvez a lição seja essa: rir das situações absurdas e seguir em frente. Afinal, se não deu certo hoje, pelo menos eu tive a oportunidade de tomar um café especial na minha própria companhia e experimentei uma boa história para contar. Quem sabe na próxima tentativa o universo colabore e, enfim, "Ainda Estou Aqui" esteja realmente lá para me esperar.
Ah! Na ida para o shopping, fui com o senhor Carlos, motorista de aplicativo que já virou um amigo de tantas corridas que Juliana e eu já fizemos com ele! Podemos até pedir música no Fantástico!
Por Sandra Freitas