Se você perguntar a algum mineiro por aí o que é rabanada, é provável que receba alguns olhares curiosos ou até a clássica pergunta: “Isso é doce ou salgado?” E todo ano, nós, os cariocas que moramos em Minas, enfrentamos o desafio: encontrar o tão falado pão de rabanada! Não é qualquer pão que serve, e essa busca já virou quase um ritual natalino. Quando achamos, é festa garantida! Eu e minha irmã Edinha já deixamos o nosso encomendado com mais de 24 horas de antecedência! 

Na nossa família, Natal sem rabanada é impensável. Pode faltar até o chester, mas nunca a rabanada. A rabanada é o verdadeiro espírito natalino em forma de sobremesa – ao menos lá em casa. Certeza de que os Freitas espalhados pelo mundo, já estão preparando essa iguaria. 

Meu pai era tão fã que fazia questão de encomendar o pão de rabanada com antecedência e, claro, provar antes mesmo da ceia. Ah, e no dia 25, rabanada fria ou gelada com café preto.  

Minha irmã Nice carrega a tradição com a receita que é um verdadeiro tesouro familiar. Quer experimentar? É simples: 

Receita da Rabanada:

• Corte o pão em rodelas de no máximo dois dedos de espessura (cada pão rende, em média, 20 rabanadas). 

• No liquidificador, bata:  2 ovos, 1 lata de leite condensado, 2 copos (200 ml cada) de leite. 

• Passe as fatias de pão na mistura, escorra o excesso e frite em óleo quente.

• Depois de fritar, coloque sobre papel toalha para retirar o excesso de óleo.

• Por fim, passe no açúcar com canela e deixe esfriar. 

Pronto! Com apenas uma mordida, você vai entender porque essa delícia nunca falta na nossa mesa. 

Na nossa casa, a rabanada não é só uma sobremesa; é um pedacinho da nossa história, feito de risadas, memórias e muito amor. E, enquanto tiver alguém para manter essa tradição, a mesa de Natal será sempre completa – com rabanadas saindo do prato mais rápido do que conseguimos repor! 

Por Sandra Freitas

Fotos: Gabriel Alves e Lorena Freitas