Menopausa, climatério e sexualidade: quebrando tabus
A menopausa pode ser o início de uma fase de maior autoconhecimento e liberdade.
A menopausa marca o fim do ciclo reprodutivo feminino, geralmente por volta dos 50 anos, com a ausência definitiva da menstruação. No entanto, ela é apenas uma fase do climatério, um período de transição que pode começar anos antes, caracterizado por flutuações hormonais e sintomas que variam de intensidade.
Durante o climatério, muitas mulheres relatam sintomas como ondas de calor, insônia, mudanças de humor e diminuição da libido, muitas vezes atreladas ao declínio dos níveis de estrogênio e progesterona. Apesar disso, é importante ressaltar que a sexualidade na menopausa não precisa ser vista como um tabu ou algo a ser deixado de lado. Na verdade, com os cuidados adequados, essa fase pode representar um novo capítulo de descobertas e prazer.
A queda hormonal pode gerar desconfortos, como secura vaginal e redução da elasticidade dos tecidos, o que pode tornar as relações sexuais dolorosas. Felizmente, tratamentos como terapia de reposição hormonal, uso de hidratantes vaginais e acompanhamento médico adequado podem minimizar esses efeitos. É essencial buscar orientação profissional e, ao mesmo tempo, manter um diálogo aberto com o parceiro para explorar formas de manter a intimidade.
Para além das questões físicas, a autoestima e a autoimagem também podem ser afetadas nesse período. Por isso, falar sobre a sexualidade de forma franca, sem julgamentos, pode ajudar a desconstruir mitos e encorajar as mulheres a abraçar essa nova etapa de vida com confiança. Estudos mostram que mulheres que mantêm a atividade fisica, cuidam da alimentação e investem no autocuidado emocional relatam uma melhor qualidade de vida durante o climatério.
É importante fortalecer que a sexualidade feminina não tem prazo de validade. O respeito ao próprio corpo e o bem-estar sexual devem ser prioridades em qualquer fase da vida. A menopausa pode ser o início de uma fase de maior autoconhecimento e liberdade, onde o prazer é redescoberto com novas perspectivas.
Por Sandra Freitas