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Relatório aponta o Brasil como o 4º país mais estressado do mundo

Relatório aponta o Brasil como o 4º país mais estressado do mundo

A psicóloga Maria Eduarda Oliveira reforça a importância de cuidar da saúde mental.

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O Brasil é o quarto país mais estressado do mundo, de acordo com o relatório "World Mental Health Day 2024", divulgado pelo Instituto Ipsos. O estudo revela que 77% dos brasileiros reconhecem a importância de cuidar da saúde mental, uma preocupação que cresceu substancialmente após a pandemia de Covid-19. Em 2018, apenas 18% dos entrevistados identificaram a saúde mental como o principal problema no Brasil, número que subiu para 54% em 2024, destacando a crescente conscientização sobre o tema.

A pesquisa, que entrevistou 23.274 adultos de 31 países, revelou que 62% da população global experimentou níveis de estresse que afetaram suas vidas diárias. O Brasil ocupa a nona posição nesse ranking global de preocupação com a saúde mental. A pesquisa também evidenciou diferenças entre gêneros e gerações, apontando que as mulheres da geração Z são mais impactadas pelo estresse em suas rotinas do que os homens.

A psicóloga Maria Eduarda Oliveira reforça a importância de cuidar da saúde mental, destacando que a terapia deve ser prioridade na vida das pessoas, assim como o autocuidado. “Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. Estão diretamente ligadas, influenciando o sistema imunológico e o funcionamento do cérebro”. Para ela, além de buscar ajuda profissional, “é importante que as pessoas pratiquem hábitos que nutram o bem-estar emocional, como fazer atividades prazerosas e desenvolver habilidades para lidar com o estresse”.

Dicas para um autocuidado efetivo

A psicóloga destaca a importância de cuidar da saúde mental, especialmente diante do estresse cotidiano e da pressão social. Segundo ela, a psicoterapia deve ser uma prioridade, pois funciona tanto como tratamento quanto prevenção. Além disso, ela sugere algumas práticas que podem auxiliar no bem-estar emocional:

  1. Reconheça os sinais: Para adultos e idosos, Maria Eduarda alerta para sintomas como ansiedade persistente, tristeza, dificuldades nas relações, desregulação do sono e apetite, além do abuso de substâncias. Em crianças e adolescentes, ela chama atenção para mudanças drásticas no comportamento, isolamento social e problemas de aprendizado.
  2. Pratique o autocuidado: A psicóloga enfatiza que o autocuidado é uma forma essencial de prevenir transtornos mentais. Ela sugere que atividades simples, como dedicar tempo para hobbies e momentos de lazer, podem ajudar a aliviar o estresse e reforçar o bem-estar emocional.
  3. Busque ajuda profissional: Maria Eduarda reforça que, ao perceber dificuldades persistentes em lidar com situações estressantes, é fundamental procurar um profissional da saúde mental.
  4. Use redes sociais com cautela: A psicóloga também chama a atenção para o impacto das redes sociais na saúde mental. O uso excessivo pode gerar sentimentos de inadequação, baixa autoestima e até transtornos de autoimagem. Ela recomenda limitar o tempo nas redes e ser mais crítico quanto ao que se consome.

Essas orientações mostram que o autocuidado, aliado à busca por ajuda profissional, é fundamental para manter a saúde mental em equilíbrio.

Orientações para o uso saudável das redes sociais

O impacto das redes sociais na saúde mental também é um ponto de preocupação entre os especialistas. A psicóloga Maria Eduarda Oliveira orienta algumas práticas para um uso mais saudável das plataformas:

  • Definir um tempo limite de uso: “É importante que cada pessoa estabeleça um período máximo para estar nas redes sociais, evitando passar tempo demais conectado”.
  • Evitar a comparação: Lembrar que as redes sociais mostram apenas um recorte positivo da vida das pessoas. “Não devemos comparar nossa realidade com a vida editada que vemos nas telas”.
  • Buscar conteúdos saudáveis: Ela também sugere fazer uma curadoria de conteúdo, seguindo apenas perfis que promovam paz e positividade, evitando páginas que gerem ansiedade ou gatilhos emocionais negativos.
  • Priorizar interações presenciais: “Concentre-se nas suas relações do dia a dia. Desconectar do virtual e dar atenção plena às pessoas ao seu redor é um passo importante para fortalecer os vínculos e manter o bem-estar emocional”.

Seguir essas orientações pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e promover uma rotina mais equilibrada, mantendo a saúde mental em foco em meio aos desafios diários. “Cuidar da saúde mental, estar atenta aos sinais e a este processo preventivo, sem dúvidas, é essencial para uma vida com mais qualidade”, finaliza a especialista.

Redação Elas em Pauta

 

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