Cátia Resende: a luta contra o câncer e uma jornada de fé e perseverança
Na infância, Cátia Resende Policarpo sofreu um acidente que resultou na perda total da articulação do quadril.
Cátia Resende Policarpo, de 58 anos, é um exemplo de superação e resiliência. Casada e mãe de uma filha, Cátia vive há décadas com as consequências de um acidente que ocorreu na infância. A queda resultou na perda total da articulação do quadril, o que levou a uma cirurgia de prótese total aos 33 anos. “Já tinha perdido toda a articulação do fêmur e, mais recentemente, aos 56 anos, precisei passar por outra cirurgia para colocar uma prótese total no joelho, devido ao desgaste provocado com o tempo", conta ela.
No entanto, os desafios de saúde de Cátia não pararam por aí. Há dois anos, ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama. "Retirei o mamilo esquerdo e fiz 20 sessões de radioterapia. Graças a Deus, não precisei fazer quimioterapia", relembra. Mesmo com o apoio da família, especialmente da filha e do marido, a batalha contra a doença trouxe impactos emocionais e físicos. Ela menciona as dificuldades que envolvem o tratamento e as mudanças no corpo, como o aumento de peso e os efeitos colaterais da medicação que toma há mais de dois anos, o Citrato de Tamoxifeno. “Ele me deixa com náuseas e me fez engordar uns 15 quilos”, diz.
Além do câncer e das próteses, Cátia também lida com problemas cardíacos, tendo necessidade de colocar cinco stents ao longo dos anos. "O último foi há um ano", conta. A combinação de tantos problemas de saúde leva, às vezes, a momentos de tristeza e depressão. “Tenho momentos que fico triste e um pouco depressiva, mas sigo em frente”, afirma.
Com fé e determinação, Cátia opta por viver o presente e acredita que Deus está no comando de sua vida. Ela ainda não fez a reconstrução mamária, devido ao receio de ter que enfrentar complicações causadas pela radioterapia. "Tenho receio de uma possível infecção. Também tenho que me preocupar com o coração, que já está bem remendadinho", brinca, mostrando seu bom humor mesmo diante das adversidades.
Mesmo com tantos desafios, Cátia mantém uma visão positiva sobre a vida e transmite uma mensagem de força para outras mulheres que enfrentam batalhas semelhantes. "É difícil imaginar o amanhã, mas vivo o presente. Coloco Deus no comando e sigo minha vida”.
A história de Cátia Resende Policarpo nos lembra que, mesmo diante de limitações físicas e desafios de saúde, a força interior e o apoio de quem amamos são fundamentais para seguir em frente. Sua jornada é um testemunho de que, com fé e perseverança, é possível superar obstáculos e encontrar coragem para continuar, um dia de cada vez.
Por Sandra Freitas / Redação Elas em Pauta