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Dia Nacional do Idoso: sexualidade sem preconceitos

Dia Nacional do Idoso: sexualidade sem preconceitos

Especialistas apontam que a sexualidade na terceira idade pode e deve ser vivida de forma plena e satisfatória.

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Neste 1º de outubro, quando é celebrado o Dia Nacional do Idoso, é bom trazer à discussão um tema que, muitas vezes, é cercado de tabus e preconceitos: a sexualidade da pessoa na terceira idade.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a sexualidade é parte essencial da vida humana, presente desde o nascimento até a morte, e está diretamente relacionada ao bem-estar físico, emocional e psicológico das pessoas. E mesmo sendo um aspecto inerente à condição humana, os idosos muitas vezes enfrentam repressão, culpa e vergonha quando se trata de sua vida sexual.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa no Brasil tem crescido significativamente nas últimas décadas. Em 2020, mais de 30 milhões de brasileiros tinham 60 anos ou mais, e esse número tende a aumentar. Mesmo com o envelhecimento da população, persiste a visão de que os idosos são frágeis, improdutivos e incapazes de manter uma vida sexual ativa. Essa crença está enraizada em ensinamentos rígidos de décadas passadas, aliados à cultura que associa a velhice à impotência e à falta de desejo sexual.

No entanto, especialistas apontam que a sexualidade na terceira idade pode e deve ser vivida de forma plena e satisfatória. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a atividade sexual é benéfica para a saúde dos idosos, pois ajuda a reduzir o estresse, melhora a qualidade do sono, fortalece o sistema imunológico e promove uma maior conexão emocional entre os parceiros.

Além disso, é preciso considerar que o conceito de sexualidade vai além do ato sexual em si. A intimidade, o afeto, os toques e a troca de carinho continuam a ser formas importantes de expressar a sexualidade ao longo da vida. Por isso, é fundamental que haja uma desconstrução dos estigmas em torno da sexualidade na velhice, promovendo o respeito e o entendimento de que os idosos têm o direito de viver suas vidas sexuais sem culpas ou preconceitos.

A importância de discutir o tema vai além da vida pessoal dos idosos. Estudos mostram que quando a sexualidade é reprimida ou ignorada, podem surgir problemas como ansiedade, depressão e até disfunções sexuais, que poderiam ser evitados com o apoio adequado. Programas de educação sexual voltados para a terceira idade e o acompanhamento de profissionais da saúde, como geriatras e psicólogos, são fundamentais para que os idosos recebam as orientações corretas e sintam-se confortáveis com sua sexualidade.

Por Sandra Freitas

 

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