Setembro Amarelo e a sexualidade feminina
O mês de setembro, marcado pela campanha Setembro Amarelo, traz à tona a importância da conscientização sobre a prevenção ao suicídio e o cuidado com a saúde mental. Neste contexto, a sexualidade feminina também se apresenta como um tema relevante, já que o bem-estar emocional está intimamente ligado à forma como as mulheres vivenciam e expressam sua sexualidade.
A sexualidade é uma parte fundamental da vida de qualquer pessoa, mas para as mulheres, muitas vezes, é cercada de tabus, pressões sociais e padrões que podem impactar sua autoestima e saúde mental. Estudos mostram que a repressão ou negação de aspectos ligados à sexualidade pode resultar em sofrimento emocional, depressão e até pensamentos suicidas.
É essencial falar sobre a sexualidade feminina de forma aberta e desmistificada, oferecendo espaço para que as mulheres explorem seus desejos e limites sem julgamentos. Quando a sociedade impõe restrições ou quando a mulher se sente incapaz de viver sua sexualidade de maneira plena, o impacto psicológico pode ser profundo. Além disso, mulheres que enfrentam violência sexual ou relacionamentos abusivos estão em grupos de maior vulnerabilidade, onde o risco de desenvolver transtornos psicológicos aumenta.
Durante o Setembro Amarelo, é importante reforçar que o autocuidado vai além de questões físicas e passa também pela aceitação da própria sexualidade e pela busca de relacionamentos saudáveis e respeitosos. O diálogo sobre temas como prazer, consentimento e liberdade sexual contribui diretamente para a saúde mental e emocional das mulheres, fortalecendo a autoestima e a autoconfiança.
Assim, este mês de prevenção ao suicídio nos convida a refletir sobre as múltiplas dimensões da saúde mental, incluindo o papel da sexualidade feminina. Garantir um ambiente onde as mulheres possam expressar-se livremente sobre sua sexualidade, com segurança e respeito, é um passo importante na construção de uma sociedade mais saudável e equitativa.
Se você ou alguém que conhece está passando por dificuldades emocionais, não hesite em buscar ajuda. O CVV – Centro de Valorização da Vida – está disponível pelo telefone 188 para ouvir e acolher.
Por Sandra Freitas