Português (Brasil)

Agosto Lilás: conscientização e combate à violência contra a mulher

Agosto Lilás: conscientização e combate à violência contra a mulher

Minas Gerais é o segundo Estado do país onde mais mulheres foram mortas em 2023.

Compartilhe este conteúdo:

Agosto é marcado pelo movimento "Agosto Lilás", uma campanha nacional de conscientização e combate à violência contra a mulher. A iniciativa teve origem em 2016, no Mato Grosso do Sul, para celebrar os 10 anos da Lei Maria da Penha, uma das legislações mais importantes no enfrentamento à violência doméstica e familiar no Brasil.

Durante todo o mês, diversas ações são promovidas em todo o país com o objetivo de informar a sociedade sobre os diferentes tipos de violência que afetam as mulheres, como a violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. O Agosto Lilás também busca incentivar as vítimas a denunciarem os agressores e a buscarem apoio.

A psicóloga Andréa Moreira destaca que essas iniciativas são essenciais para reduzir os índices de violência contra meninas e mulheres no Brasil. “Além disso é preciso enfatizar a importância de medidas de prevenção e suporte, como o Ligue 180, aplicativo Direitos Humanos Brasil, Chame a Frida e outros”, explica a profissional.

Andrea lembra que o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de violência contra meninas e mulheres. “Por isso, a necessidade em sensibilizar e informar a sociedade sobre a identificação dos tipos de violência, bem como dos canais disponíveis para denúncias. O Agosto Lilás é uma campanha estabelecida pelo governo federal dedicado à conscientização e combate à violência contra meninas e mulheres através de eventos e debates em todo o país, envolvendo agentes públicos e meios de comunicação para divulgar informações sobre os tipos de violência”.

Violência em Minas Gerais

De acordo com o relatório sobre Feminicídios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Minas Gerais é o segundo Estado do país onde mais mulheres foram mortas em 2023. A violência, reconhecida na lei como crime de gênero, cresceu 18% em dois anos no Estado.

Em 2023, 183 mulheres foram assassinadas em um crime de feminicídio em Minas Gerais, o que representa um aumento de doze mortes em relação a 2022, quando foram registrados 171 feminicídios; e um aumento de 18% comparado a 2021, quando 155 mulheres foram assassinadas.

Segundo Andréa Moreira, em Pará de Minas, diversos projetos e trabalhos têm sido desenvolvidos. “Temos trabalhado firmemente no combate desse tipo de violência, através de ações voltadas para a proteção das vítimas de violência e também projetos de prevenção e conscientização da sociedade sobre o tema. É fundamental garantir que meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade e violência recebam o suporte necessário para romper com o ciclo de violência”.

A psicóloga frisa que “é obrigação do Estado ofertar políticas de segurança pública e saúde, oferecendo apoio psicológico, jurídico e socioeconômico às vítimas, além de promover a reintegração social e a autonomia das vítimas. Assim, seremos capazes de construir uma sociedade mais justa e igualitária”.

Redação Elas em Pauta

 

Compartilhe este conteúdo: